Empresas na Era Digital: da definição de projetos à cultura de produto
Eduardo Borges

Eduardo Borges

Product Manager na Fundação Eco+

6 minutos de leitura

Acredito que, assim como, eu você também possa ter entrado no mundo de produtos digitais (independente do setor) e tenha se deparado com a famosa frase “precisamos desenvolver a cultura de produto aqui”. Pois bem, comigo também foi assim. Por isso vim compartilhar um pouco de como consegui desenvolver e aproximar a área de produto com a parte de negócios, trazer contextos de mercado e trabalhar metodologias para construir novos negócios e ter produtos pensados para o mercado, usuário e suas necessidades. Isso é, sem dúvidas, muito importante para empresas na Era Digital.

Sabemos que em 2020, durante a pandemia, muitas empresas tiveram que se reinventar. Minha opinião é que foi nisso que a cultura de produto começou a ganhar (mais) força no mercado. Mas quais seriam esses desafios?

Para esse artigo eu separei 4 contextos desafiadores para desenvolvimento dentro das empresas. São eles:

  • Definição de projeto;
  • Produto digital;
  • Metodologias
  • Cultura de Produto

Projetos

Afinal, por onde começamos uma iniciativa dentro das empresas? Claro que por um projeto, certo? Todos em uma sala, discussão sobre como fazer, qual escopo, prazo, custo e por aí vai. Mas na pandemia entendemos que a metodologia ágil veio para impactar positivamente os negócios e que no fim a adaptação para ela deveria ser quase que unânime para diversos negócios.

Com isso tivemos muitas lives, posts e conteúdos abordando as formas de abordar a gestão de projetos e também de diferenciar projeto e produto.

Isso trouxe mais clareza para as empresas e começou um movimento forte em falar sobre metodologias voltadas para produto e não mais apenas o pensamento em projetos.

Esse momento todo fez com que as empresas mudassem seu contexto de criação e começassem a pensar em:

  • Produto (e não mais só em projeto)
  • Cliene/usuário (como eu atendo as necessidades do meu usuário/cliente)
  • Metodologia ágil (como testar uma hipótese e fazendo isso de forma rápida)

Parece que o jogo virou, não é mesmo?? Muitas empresas entenderam que mudar a forma de trabalhar poderia ser positiva, uma vez que elas pudessem ter esse pensamento voltado para os pilares provocativos mostrados anteriormente.

Mas e aí, qual seria o próximo passo?

Produto digital

Empresas de diversos segmentos entenderam o mercado e resolveram testar novas formas de trabalho. O primeiro ponto foi um alinhamento quanto ao item anterior (definição de projeto) e, a partir daí, os entregáveis começaram a ser mais questionáveis, sendo moldados de forma diferente.

Devemos transformar projetos em produtos, produtizar serviços e microsserviços? Qual seria a melhor forma de entregar valor ao usuário, testando sua hipótese de forma rápida e concisa fazendo com o que negócio pudesse ser escalável?

Pensar em como produtizar uma ideia/solução foi o segundo desafio das empresas e isso só trouxe grandes benefícios para as organizações. O movimento de cadeiras nas empresas foi grande e o contexto criado foi de colocar o usuário no centro e entender como levar valor e resolver um problema real do mercado.

Pronto, sabemos como fazer um projeto mais rápido, contextualizar e criar produtos oriundos de uma ideia, qual seria o próximo passo?

Metodologias

Existem diversas metodologias que te ajudam a construir um produto de forma saudável, com ROI positivo, breakeven em x tempos. Mas como vocês acham que as empresas começaram a testar essas metodologias?

Dado aos desafios, vou listar alguns modelos e forma totalmente adaptáveis que as empresas mais usaram durante esse processo de “nova mentalidade” e teste e que tiveram retornos positivo quanto a construção e valor de novos produtos: 

Para além de frameworks, aplicação e criação de novas hipóteses, fazer isso acontecer não foi um movimento muito fácil. Como será que tudo isso impactou as pessoas e o dia a dia delas no trabalho?

criação de framework para empresas na Era Digital

Cultura de produto

Para que toda definição, mentalidade e aplicação de frameworks pudesse acontecer as pessoas precisavam estar “compradas” a esse novo movimento proposto. Sabíamos que o mercado se movimentava e que a transformação digital havia chegado de forma que, se seu negócio não mudasse, ele poderia deixar de existir. 

As definições trazidas aqui foram mais do que essenciais para que as empresas se movimentarem diante do que poderia vir, ou seja, sabemos das dificuldades e dos impactos que viriam, mas as empresas tiveram que se reinventar para que o negócio fosse suportado pela estrutura apresentada aqui:

pilares das empresas na Era Digital

Conclusão

Mais do que sabido por todos, mas também vivido por muitos, a transformação digital veio forte na pandemia e mudou muito o trabalho das pessoas. Para lidar com isso, as empresas também tiveram que se reinventar e puderam colher frutos desse novo formato de trabalho.

Acredito que a produtização de serviços e novas soluções pensadas de formas mais ágeis trouxe ao mercado não só um novo modelo de trabalho mas sim uma nova forma de atender ao seu cliente/usuário final e construir produtos mais sólidos e duradouros.

Ainda há muito o que melhorar, escalar e desenvolver nessa comunidade de produto digital, mas estamos vendo que, cada vez mais, as empresas na Era Digital estão focadas em se reinventar, construindo modelos mais próximos ao que foi apresentado aqui. 

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