Design inclusivo: o que é, princípios e como aplicar a produtos
Equipe de conteúdo - PM3

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10 Perguntas e respostas em entrevistas para Analista de Dados

O design inclusivo é uma metodologia que tem como finalidade aplicar a inclusão e a acessibilidade a usuários de produtos e serviços, independente de suas características, condições, contextos socioeconômicos, habilidades, gênero ou idade.

A acessibilidade e a inclusão são conceitos fundamentais para garantir que o maior número de pessoas seja capaz de utilizar um produto ou serviço e acessar diversos ambientes sem empecilhos. Essa temática é especialmente importante quando falamos do contexto digital, em que a disposição de produtos e serviços é cada vez maior. Assim, é crucial fomentar discussões acerca da inclusão na criação de produtos e serviços e adotar práticas que promovam esse acesso facilitado.

Continue lendo para se aprofundar no conceito de design inclusivo, sua importância, princípios, aplicações e boas práticas para implementá-lo em soluções digitais!

O que é design inclusivo?

O design inclusivo, ou inclusive design, é uma abordagem que tem como princípio promover a inclusão social através do design na criação de produtos ou serviços e democratizar o acesso a eles para o maior número possível de pessoas. Essa filosofia considera a pessoa usuária e suas diferentes características e contextos, como idade, deficiências, gênero, condição socioeconômica, habilidades, entre outros fatores, para desenvolver soluções que garantam um acesso igualitário às informações.

Em outras palavras, o inclusive design reconhece a diversidade humana e suas características singulares, aplica elementos inclusivos na construção de um design de produto e rejeita a exclusão social.

Qual a importância do design inclusivo?

Quando falamos em um mundo cada vez mais digital, pensar em inclusão e acessibilidade no design de um produto desde sua concepção é essencial para democratizar o acesso. Isso principalmente porque muitos usuários ainda estão se familiarizando com essa nova maneira de acessar serviços e produtos. Ou seja, é papel das empresas levar isso em consideração ao criar uma nova solução para o mercado.

Por isso, o design inclusivo é tão importante no processo de criação de produtos, pois proporciona um acesso igualitário a todos os indivíduos, sem discriminar ou desconsiderar seus diferentes contextos.

Confira alguns benefícios de aplicar o inclusive design na criação de produtos e serviços digitais!

Alcance de novos públicos

Ao aplicar o design inclusivo a produtos e serviços, uma empresa poderá aumentar sua base de usuários. Isso acontece porque mais necessidades e preferências poderão ser atendidas, oferecendo o potencial de alcançar novos públicos e expandir a solução para outros mercados ainda inexplorados.

Responsabilidade social 

Promover a inclusão e a acessibilidade nada mais é do que cumprir com responsabilidade e justiça social. Por isso, empresas que escolhem utilizar uma abordagem de design inclusivo em seus produtos e serviços, estão atendendo às demandas do mercado por equidade, igualdade e diversidade.

Essas ações demonstram o compromisso da empresa com a responsabilidade social e trazem reconhecimento, credibilidade e fortalecimento da marca no mercado. 

Melhoria na usabilidade e na experiência do usuário

Produtos digitais que focam em inclusão e acessibilidade são construídos considerando diferentes perfis de usuário e suas características únicas. 

Por isso, devem oferecer um uso e um acesso facilitado para atender às preferências e necessidades dos consumidores, levando a uma melhoria na usabilidade do sistema e na experiência geral do usuário. 

Assim, quanto mais foco em inclusão e acessibilidade, mais fácil será para o usuário usufruir da solução, ter acesso às informações que precisa e navegar pela interface de forma intuitiva e prática.

Os 7 princípios do inclusive design

Alguns princípios regem a metodologia do design inclusivo para produtos digitais. Nesse método, o foco principal é em criar produtos para todas as pessoas, colocando suas necessidades e predileções no centro do processo.

Confira os 7 princípios do design inclusivo:

  1. Proporcionar uma experiência equivalente
  2. Considerar a situação
  3. Manter a consistência
  4. Oferecer controle
  5. Dar o poder de escolha
  6. Priorizar o conteúdo
  7. Agregar valor

Proporcionar uma experiência equivalente

Um dos princípios do design inclusivo preza por oferecer uma experiência que seja equivalente para todos os usuários. Isso significa que, independente da maneira que o usuário decida usar o produto, a interface precisa oferecer qualidade, segurança, compreensão das informações e eficiência para todos de forma igualitária.

Considerar a situação

O segundo princípio desta metodologia leva em conta a situação em que o usuário utilizará a solução e compreende uma variedade de contextos e circunstâncias de uso.

Em outras palavras, ao construir um produto ou serviço digital, o design dessa solução precisa proporcionar uma experiência de uso abrangente e inclusiva, seja em diferentes contextos de uso, níveis de dificuldade, idade dos usuários, entre outros fatores.

Ou seja, uma pessoa mais velha e não tão habituada às novas tecnologias será capaz de executar ações no produto? Um profissional no metrô, a caminho do trabalho, terá alguma limitação para utilizar o produto?

Manter a consistência

Manter a consistência significa facilitar o uso do sistema para o usuário seja em termos de funcionalidade, acesso aos conteúdos, comportamentos e apresentações dentro da interface. Ações familiares e padrões de uso podem ajudar o usuário a navegar com mais facilidade e praticidade pela interface, mantendo a consistência em todos os aspectos do produto. 

Sendo assim, o design não pode mudar do dia para a noite, pois isso pode causar estranhamento e ruído. Todos os lançamentos devem estar alinhados e, caso seja necessário efetuar mudanças, o usuário deve ser informado do que está acontecendo e dos benefícios de ser paciente com a mudança em questão.

Oferecer controle

Esse pilar refere-se às possibilidades de interação com a interface de acordo com as preferências de cada usuário. Por isso, o design inclusivo deve oferecer diretrizes claras e opções de configuração fáceis de acessar e modificar.

Por exemplo, alguns usuários vão preferir utilizar a tela na vertical, outros na horizontal. Ter controle sobre isso e outros elementos da interface é crucial para uma experiência positiva e inclusiva. Permita que o usuário faça ajustes de acordo com o que funciona melhor para ele.

Dar o poder de escolha

Em complemento ao princípio anterior, ao interagir com uma interface, o usuário precisa ter o poder de escolher como deseja concluir ações e tarefas de acordo com suas necessidades e preferências. Assim, um produto que aplica o design inclusivo, precisa ser flexível e considerar diversas opções para as diferentes decisões que cada usuário pode tomar.

Priorizar o conteúdo

A organização do conteúdo de uma interface deve ser uma prioridade nas práticas de inclusive design. O usuário precisa perceber com clareza o conteúdo que apoiará suas ações e tarefas dentro do sistema para fazer o melhor uso desses recursos.

Além disso, o conteúdo deve ser útil, fácil de ler e compreender, ser acessível a diferentes necessidades (por exemplo, pessoas com dificuldades auditivas ou visuais) se adaptar a variados dispositivos e promover interatividade e engajamento do usuário no sistema.

Agregar valor

Outro princípio do design inclusivo é referente à criação de interfaces que não sejam apenas inclusivas e acessíveis, mas que enriqueçam a experiência do usuário, tornando-a mais positiva e satisfatória.

Isso significa que o design de um produto deve oferecer boa usabilidade e atender ao máximo às necessidades e preferências de uma variedade de pessoas usuárias, mas também oferecer recursos, conteúdos, funcionalidades e informações que proporcionem benefícios adicionais para a vida do usuário.

Aplicações do design inclusivo

O design inclusivo pode ser aplicado em uma variedade de contextos, desde o mundo físico em ambientes diferentes, até o digital, na criação de produtos e serviços digitais. Por exemplo, o inclusive design pode ser usado em ambientes materiais para oferecer acessibilidade nos espaços físicos para atender às diferentes demandas dos usuários, como de pessoas com deficiências físicas.

No contexto digital, essa prática pode ser feita em interfaces acessíveis de produtos e serviços digitais, como sites, aplicativos móveis e softwares para criar sistemas que ofereçam equivalência no acesso a todos os usuários. 

Isso pode se apresentar em formatos de informação e atendimento por meio de tecnologias que ofereçam assistência a diferentes necessidades, entre outros elementos que facilitam a navegação e a usabilidade da interface. A inclusão também pode ser feita na área da comunicação, a partir da criação de conteúdos acessíveis com linguagem simples, clara e compreensível materiais de marketing e publicidade.

Boas práticas de design inclusivo em produtos digitais

A implementação do design inclusivo em produtos digitais ocorre desde o início do processo de criação de um produto e pode ser feito através de boas práticas que reforçam os princípios dessa metodologia no desenvolvimento de soluções.

Confira alguns elementos para considerar ao implementar o design inclusivo em produtos digitais!

Aplique elementos de acessibilidade

A acessibilidade deve estar presente desde o começo do processo de construção de um produto digital.

Para garantir a aplicação da inclusão do ponto de vista da acessibilidade, algumas boas práticas a considerar são: 

  • Contrastes adequados para facilitar a legibilidade do conteúdo da interface;
  • Textos alternativos para imagens com descrições detalhadas da imagem para que indivíduos com deficiência visual possam consumir o conteúdo da imagem;
  • Tamanhos das fontes, adaptáveis a diferentes necessidades e preferências;
  • Legendas e transcrições para que pessoas com deficiências auditivas possam consumir conteúdos em vídeo ou áudio, etc.

Considere a usabilidade da interface

A usabilidade também deve ser considerada em uma abordagem de design inclusivo para produtos digitais. Esse processo engloba fatores como:

  • Layout consistente, intuitivo e navegável com uma interface prática, lógica e fácil de acessar e usar pela maior quantidade de pessoas;
  • Linguagem clara e direta em todo o sistema, facilitando a compreensão por todos os usuários;
  • Botões, ícones e funcionalidades fáceis de identificar e usar;
  • Feedback claro e instrutivo para ajudar os usuários durante a navegação pela interface, entre outros.

Faça testes e monitore a acessibilidade

Outra boa prática para garantir um design inclusivo é fazer testes e monitorar a acessibilidade do sistema em questão. É fundamental garantir que a acessibilidade continue atendendo às diferentes demandas das pessoas usuárias.

Uma maneira de fazer isso, por exemplo, é através dos testes de usabilidade. Eles são essenciais para entender as necessidades de uso de diferentes usuários e aprimorar as funcionalidades do sistema considerando essas demandas.

A coleta de feedback também é indispensável para a manutenção da acessibilidade e da inclusão em uma interface digital, pois auxilia a empresa no processo de melhoria de produtos e serviços.

Utilize elementos de design universal

O design universal também pode apoiar a implementação do design inclusivo em soluções digitais ao estimular a aplicação de elementos como simplicidade, compatibilidade e flexibilidade nas interfaces digitais. A simplicidade possibilita a criação de um design fácil de usar e navegar.

A compatibilidade se refere à capacidade do sistema em adaptar-se a diferentes plataformas e dispositivos. Já a flexibilidade é o que possibilita a personalização e os ajustes do sistema de acordo com cada necessidade, preferência ou perfil de usuário.

Esses fatores contribuem significativamente para a construção de um produto digital inclusivo. 

Conclusão

O design inclusivo é uma metodologia que aplica diversas estratégias e boas práticas para democratizar o acesso a produtos e serviços para o maior número de pessoas possível. Esse processo considera a diversidade humana e suas diferentes facetas, contextos, realidades, necessidades e características para criar soluções mais acessíveis e inclusivas.

Nos tempos atuais, pensar em todos esses aspectos é um grande diferencial para produtos de diversos segmentos, daí a importância do design inclusivo.

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