Data-driven vs Data-informed: a importância de saber trabalhar com dados em produto
Seja por meio de análises qualitativas ou quantitativas, saber trabalhar com dados é uma habilidade fundamental para profissionais da área de Produto. Mas, será que você e a sua equipe estão olhando para os números pela melhor abordagem?
Antes de iniciar o processo de Delivery, no qual os desenvolvedores darão vida ao produto, é essencial que o time tenha clareza sobre o que está no escopo para ser desenvolvido, e como essa entrega realmente gera valor, resolvendo a principal dor e/ou problema dos usuários.
Uma das formas de garantir essa assertividade é, durante o processo de Discovery, saber coletar, analisar e entender dados.
Já falamos aqui no blog sobre como dados podem ser usados para tomar decisões em produto e falamos cada vez mais sobre a importância dos profissionais especialistas em Product Analytics. Por isso, vale ressaltar que ter uma mente analítica não é uma qualidade exclusiva do profissional de Data Science, por exemplo.
Para além da buzzword: por que saber trabalhar com dados é importante?
Interpretar dados e extrair insights dos números é uma habilidade importante para profissionais que atuam em Produto e Tecnologia, sejam Product Managers, Designers, Analistas de Negócio, ou profissionais de Growth e Product Marketing.
Com a ajuda dos dados é possível validar e formular novas hipóteses, criar e testar novos experimentos, perceber padrões e entender comportamentos. E tudo isso contribui para uma tomada de decisões mais estratégica, tanto no âmbito de negócios como de produto.
Mas, antes de sair tomando números como “verdade absoluta”, vamos dar um passo atrás e entender melhor duas abordagens que podemos usar quando olhamos para dados em busca de possíveis respostas: ser data-driven ou data-informed.
Segundo a Interana, essas duas interpretações podem ser explicadas da seguinte forma:
- Data-driven: Você deixa os dados guiarem o processo de decisão
- Data-informed: Você usa os dados para agir em cima de intuição.
Ambas as visões podem ser aplicadas em um processo de desenvolvimento de produto, uma vez que se tenha clareza do objetivo, e do real “por quê” de se estar buscando dados para balizar uma decisão.
A abordagem Data-driven
Em um cenário em que se escolhe utilizar a mentalidade Data-driven, você provavelmente terá uma pergunta que poderá ser respondida por um número, e ele lhe dirá qual decisão tomar.
Podemos usar a prática de Testes A/B como exemplo de abordagem data-driven. “Devo usar o banner com uma imagem ou uma ilustração?” A resposta para essa pergunta será a opção que tiver o número maior no índice de conversão.
A abordagem Data-informed
Já o mindset Data-informed acontece quando dados quantitativos e qualitativos são usados de forma complementar.
Isso quer dizer que o dado em si sozinho não é “a resposta”, e sim parte de um pano de fundo maior. Nessa abordagem entendemos que, quando isolados de um contexto, os dados por si só podem não dizer muita coisa, ou até mesmo nos levar a tomar decisões baseadas em viés.
O livro Como Mentir com Estatística é uma ótima leitura que explica como o mau uso dos números pode ser usado justamente para maquiar dados e abalizar opiniões.
Colocar em prática uma mentalidade Data-informed significa usar a intuição e a experiência, juntamente com os números, para criar hipóteses testáveis e propor soluções. Um exemplo dessa abordagem, seria utilizar entrevistas qualitativas e quantitativas combinadas à métricas de uso do produto, para decidir o próximo passo no roadmap alinhado ao objetivo de empresa.
Data-inspired: um novo olhar sobre os dados
Além de usar dados para guiar decisões e também validar hipóteses, também é possível usar os dados de uma terceira forma: para inspirar.
De acordo com o Amplitude, a abordagem Data-inspired, de maneira geral, não está relacionada a requerimentos, expectativas e resultados, e sim a uma visão exploratória do desenvolvimento de produtos.
A mentalidade Data-inspired combina as metodologias concretas, de estatística sólida e análise de dados – que acompanham o que aconteceu no passado e projetam o futuro com base em tendências – para gerar novas ideias, observando diferentes fontes que aparentemente não teriam correlação.
É importante ressaltar que, seja qual for a abordagem que a sua empresa utiliza com relação aos dados, para que eles realmente auxiliem na tomada de decisão, é essencial pensar na qualidade e confiabilidade do que está sendo coletado.
Além disso, tenha em mente que as outras áreas do negócio podem tanto prover dados, como também se alavancar do que está sendo gerado na área de Produto, uma vez que, quando os dados circulam na organização, todos podem participar do processo de geração de valor, beneficiando toda a empresa.
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