Gestão de produtos digitais: entenda a importância - Cursos PM3
Marcos Sei

Marcos Sei

8 minutos de leitura

Gestão moderna de produtos digitais: entenda a importância 

O mundo vem passando pelo que chamamos de transformação digital, onde todo e qualquer mercado terá seus produtos e processos diretamente impactados pela tecnologia. É só observar o modo como você compra comida hoje, como gerencia seu dinheiro ou até mesmo como você se locomove de um lugar para o outro. 

Porém, essa é só a superfície de um universo de mercados que existem. E acredite, todos serão impactados por essa transformação, seja se reinventando e criando produtos digitais, ou morrendo e dando lugar para Startups inovadoras que querem quebrar o Status Quo. 

Para termos uma noção, estima-se que esse mercado movimentará 665 bilhões de dólares em 2023, sendo que esse estudo foi feito pré-pandemia, que acelerou o mundo em cerca de 5 anos, segundo especialistas

Ou seja, milhares de mercados estão investindo pesado na criação de produtos que automatizem seus processos, gerem economia, ganho de escala e resolvam as dores de seus clientes. Mas afinal, como esses produtos são criados ? 

O Gestor de Produtos – um pouco de história 

A transformação digital pode ser “nova”, mas a criação de produtos digitais não é. 

Nos anos 80, a Intuit, empresa fundada por Tom Proulx e Scott Cook, criou um sistema financeiro para ser usado em casa, como muitos outros que já existiam na época, mas com o diferencial de ser extremamente simples, podendo ser usado por leigos em finanças.

Grande parte do sucesso veio pois a empresa criou um processo chamado “Follow me home”, no qual colaboradores da Intuit iam até a casa de seus clientes observá-los realizarem a instalação do software e assim ter insights de como melhorar o produto.

Essa foi a primeira empresa a ter alguém responsável inteiramente pela gestão do produto.

Mas esse era apenas o primeiro passo para mudar o modo como criamos produtos, de lá pra cá muito se evoluiu em gestão de produtos digitais. Abaixo vamos listar os principais pontos dessa evolução.

Waterfall vs Agile 

Um grande marco nessa história se deve a criação das metodologias ágeis, que chegaram para mudar o modo como todos os participantes interagem entre si.

Para dar um contexto, Waterfall era a metodologia usada para organizar o processo de criação do produto. Traduzido literalmente como “cascata”, neste modelo as decisões surgiam no topo da cadeia – geralmente uma liderança ou stakeholder influente (de peso) dentro da empresa – e os times acabam desenvolvendo produtos e serviços que depois se descobria que ninguém queria.

Podemos pensar nele como uma corrida de revezamento, onde um time corria para entregar sua parte e quando acabava, entregava o bastão para o próximo time. Isso acabava gerando muito retrabalho, atrasos enormes nas entregas e um produto extremamente desalinhado com a realidade do cliente.

Em 2001, por sorte, surgiu o Manifesto Ágil e com ele diversas metodologias que seguem seus princípios. 

 Para exemplificar, essas metodologias seguem ideias como: 

  • Manter o cliente envolvido em todas as etapas;
  • Interação contínua entre todos os times;
  • Desenvolvimento de todas as etapas de forma simultânea.

Para um Gerente de Produto ter agilidade em seu time, é de extrema importância conseguir gerar o maior valor possível na vida dos clientes. 

Vale ressaltar que foi daqui que surgiu a semente do que se tornaria o que hoje chamamos de “Squads”. Para entender um pouco mais desta história, nós temos um texto sobre a visão da Teresa Torres sobre o processo de Product Discovery que fala bastante sobre esta história.

Outputs vs Outcomes

Se você colocar no Google Tradutor as duas palavras, vai ver que a tradução principal é a mesma: Resultado. 

Porém, gosto de traduzir dessa forma: 

  • Outputs: Saídas
  • Outcomes: Resultados 

Na cultura do Waterfall, existiam falhas imensas de comunicação. Uma consequência do distanciamento dos últimos times era que eles começavam a desenvolver produtos, sem entender realmente a dor dos clientes. 

Outro ponto que vale ressaltar era a Cultura Top-Down (de cima pra baixo), onde muitas ideias chegavam na mão do time de desenvolvimento sem contexto e especificações claras, na maioria das vezes, sem a existência de Product Manager.

Devido a estes dois pontos, esses times eram motivados por Saídas (Outputs), ou seja, colocar o produto no ar, estando ou não alinhado com o que o cliente espera. 

Hoje, a gestão de produtos digitais tem seu foco inteiramente voltado aos Resultados (Outcomes), tendo o cliente como uma das peças chave em todo o processo de criação do produto.

Esse resultado deve estar alinhado com todos os stakeholders do seu produto, seja seu cliente final, seu squad ou os donos da estratégia da empresa, e isso é uma das principais tarefas do Gestor de Produtos.

Além disso, com uma comunicação constante, às necessidades ficam mais claras e são passadas para “cima”, em uma cultura Botton-Up – de baixo pra cima.

Output é entregar, Outcome é resolver.

Discovery vs Delivery 

As etapas de criação de um produto são comumente separadas em Discovery e Delivery, onde o Discovery é exatamente a parte onde realizamos todos esses alinhamentos com os stakeholders, além de muitos testes e processos de ideação. 

Já o Delivery é o momento onde o produto já está nas mãos dos desenvolvedores.

Na teoria um PM deveria passar 80% do seu tempo no Discovery e 20% no Delivery. Sabemos que nem sempre é assim, e que o percentual vai variar de acordo com cada contexto. Mas é uma base interessante para se ter.

Isso porque é mais vantajoso financeiramente e estrategicamente para uma empresa entregar melhores produtos do que entregar mais produtos. 

Mas nem sempre foi assim. Antes de existirem Gestores de Produtos e Designers de Produtos, os principais responsáveis pelo Discovery, essa etapa de processo era negligenciada, entregando diversos produtos pouco valiosos para os clientes.

Com o foco em mais Delivery do que Discovery, isso começou a mudar. Mas não podemos esquecer que o papel do Gerente de Produtos é não só entregar valor para o cliente final, como fazer isso de forma que também agregue valor para a empresa.

Esse é um dos maiores desafios de um Product Manager. 

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Estamos longe do fim

A Gestão de Produtos e Serviços Digitais está em constante evolução e vem crescendo dia após dia, com milhares de vagas abertas para Gestores de Produtos nas empresas dos mais diversos segmentos – aliás, hoje existem centenas de vagas abertas para Product Managers no país.

Conhecimentos sobre Metodologias Ágeis, Discovery e Comunicação com Stakeholders são apenas algumas das habilidades que um Product Manager deve ter.

Entregar de forma ágil produtos alinhados com a estratégia da empresa e que agreguem valor para o cliente é um desafio enorme, mas que com o tempo vem ganhando insumos práticos.

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