Hoje em dia, sem dúvida, a inteligência emocional tem desempenhado um papel fundamental no sucesso profissional das pessoas. Ela gera autoconhecimento e valor, sentidos tanto por equipes quanto por organizações.
Isso porque é apenas um dos primeiros passos para desenvolver habilidades interpessoais que complementam suas competências técnicas. Assim, melhora a sua capacidade de comunicação, liderança, tomada de decisão e gestão de conflitos.
Essas habilidades são conquistadas a partir do reconhecimento profundo de emoções e sentimentos. Adaptam-se às diferentes dinâmicas do dia a dia, o que proporciona maior capacidade de empatia e, principalmente, automotivação.
Neste artigo, você vai entender o que é inteligência emocional, quais são seus componentes e como desenvolver essa habilidade tão necessária. Boa leitura!
O que é Inteligência Emocional?
A inteligência emocional é a capacidade de identificar e lidar com as emoções e sentimentos pessoais e dos outros indivíduos. Historicamente falando, o termo foi usado pela primeira vez em 1990 pelos psicólogos Peter Salovey e John D. Mayer.
Em 1995, o psicólogo e jornalista científico norte-americano Daniel Goleman popularizou o conceito em seu livro ‘Inteligência Emocional’, inclusive, elaborando as sete habilidades pessoais e interpessoais compreendidas neste conceito, e que vamos apresentar no tópico a seguir.
O problema é que hoje em dia há muitos profissionais altamente qualificados tecnicamente. Mas quando o assunto é inteligência emocional, deixam a desejar.
No currículo, constam formações em universidades renomadas, excelentes cursos e atividades complementares. Porém, falta buscar novas habilidades interpessoais, como saber trabalhar em equipe, respeitar o próximo, inspirar e desenvolver pessoas,
Não é à toa que uma pesquisa realizada em 2018 pela Page Personnel revelou que 90% dos colaboradores são desligados das empresas devido a condutas inesperadas ou inapropriadas.
Imagine o impacto negativo que isso pode causar. Especialmente para aqueles que atuam no campo da gestão de projetos e desenvolvimento de produtos. Afinal, quando dominam suas emoções e sentimentos, conseguem transmitir com mais clareza os objetivos do projeto que será desenvolvido.
Mas não só isso, pois ainda conseguem proporcionar um ambiente de trabalho positivo e produtivo. Assim os colaboradores se sentem engajados em prol de atingir um resultado em comum.
Por isso, é tão importante entender o que é inteligência emocional e como aplicá-la no trabalho. Isso é fundamental para colaborar para o sucesso e desempenho profissional e da própria empresa.
7 Componentes da Inteligência Emocional
Daniel Goleman, em seu livro ‘Inteligência Emocional: Por Que Pode Importar Mais do que o QI’, apresenta os sete componentes da inteligência emocional. São eles:
- autoconsciência emocional – capacidade de reconhecer e compreender suas próprias emoções;
- autorregulação – diz respeito à habilidade de saber controlar e gerenciar suas reações emocionais;
- motivação – capacidade de se manter competente nos momentos mais difíceis, mesmo quando os desafios e contratempos parecem intransponíveis;
- empatia – é saber compreender e conectar-se emocionalmente com o outro. Ouvir mais, julgar menos;
- habilidades sociais – incluem comunicação eficaz, habilidades de negociação, resolução de conflitos, trabalho em equipe e liderança;
- gestão de relacionamento – refere-se à capacidade de cultivar e manter relacionamentos interpessoais saudáveis e produtivos.
- autogerenciamento – habilidade de gerenciar de forma eficaz suas próprias emoções, comportamentos e recursos pessoais.
Mas vamos concordar que, apesar de essas habilidades serem muito importantes, não se pode deixar de lado as competências técnicas também. Afinal, tudo se trata de equilíbrio: técnica e regulação emocional.
Quem lida com gestão de projetos e desenvolvimento de produtos pode, por exemplo, aprimorar seus conhecimentos utilizando o PM3 Sprints como aliado.
Considere investir em cursos como Tecnologia para Product Managers, Product Operations: Estratégias Avançadas, Roadmap de Produto e Priorização. Pode ser uma ótima alternativa.
Por que a Inteligência Emocional é importante no Ambiente de Trabalho
A inteligência emocional não se limita aos líderes e gestores, mas também se estende aos colaboradores. Afinal, lidamos com equipes, desafios e superações diariamente.
Portanto, qualquer habilidade adquirida por meio da inteligência emocional proporciona um impacto positivo na carreira profissional.
Com os constantes avanços da globalização, a inteligência emocional torna-se necessária ao lidarmos com equipes multiculturais. Isso porque elas precisam aprender a se entender efetivamente, expressar seus pensamentos e opiniões e se adaptar às diferenças uns dos outros.
Além disso, líderes e colaboradores não interagem apenas entre si, não é mesmo? Cada vez mais, estão envolvidos com clientes e associados ao redor do mundo.
É indispensável desenvolver empatia e saber se relacionar com equipes de outras companhias para aumentar a efetividade dos negócios.
Sem contar que, hoje, o trabalho em equipe é valorizado.Grandes empresas reconhecem que saber identificar, respeitar e entender as emoções e expectativas dos colaboradores cria um ambiente mais saudável.
Na prática, isso faz com que as pessoas estejam mais conscientes sobre suas próprias emoções e as dos outros, demonstrando mais sensibilidade e respeito.
Por último, para aqueles que ocupam cargos de liderança, demonstrar maior inteligência emocional significa manter a equipe mais coesa e motivada para colaborar para os objetivos da organização.
Benefícios da Inteligência Emocional
A inteligência emocional traz vários benefícios às equipes e líderes dentro das empresas, e que vão muito além da produtividade e empatia. Veja!
Melhora no trabalho em equipe
Saber trabalhar em equipe pode ser um desafio e tanto, mas a inteligência emocional é uma grande aliada. Como envolve compreender os próprios sentimentos e se colocar no lugar do outro, facilita a colaboração mútua e a construção de times mais fortes e engajados.
Comunicação mais assertiva
A partir da inteligência emocional, os colaboradores, líderes e gestores podem se comunicar com mais clareza e precisão. Ela ajuda a evitar possíveis ruídos e desentendimentos. Além disso, a clareza, o respeito e a empatia evoluem para uma comunicação não violenta.
Auxílio na resolução de conflitos
Conflitos, desafios e divergências de entendimento e opiniões são comuns no ambiente de trabalho. Logo, o controle das emoções é fundamental.
Colaboradores e líderes que dominam a inteligência emocional têm mais facilidade para mediar conflitos e controlar os ânimos durante conversas difíceis. Isso facilita o entendimento e o acordo.
Aumento do engajamento
Se está difícil manter a equipe engajada, vamos de inteligência emocional! Compreender as emoções dos colaboradores facilita saber quais pontos focar para mantê-los mais participativos e motivados.
Cada pessoa tem suas preferências. É importante considerá-las para o desenvolvimento pessoal e o sucesso do time.
Regulação do estresse e da ansiedade
O estresse e a ansiedade são potencializados por fatores relacionados ao ambiente corporativo. Mas a inteligência emocional pode ajudar a reduzi-los.
Quem sabe regular suas emoções está melhor preparado para lidar com adversidades. Assim, previne o esgotamento mental e suas consequências negativas para a produtividade e a saúde dos colaboradores.
É fundamental que todos saibam identificar e lidar com as próprias emoções para estabelecer limites e cuidar da saúde. Com isso, podem evitar a síndrome de Burnout e contribuir para o bem-estar da equipe.
Estratégias para desenvolver e aprimorar a Inteligência Emocional
Agora que você entende o conceito e os benefícios da inteligência emocional no ambiente organizacional, conheça o passo a passo para começar a desenvolvê-la e aprimorá-la.
Reconhecer pontos negativos e positivos
Reconhecer os pontos positivos pode até ser mais fácil, mas os negativos são igualmente importantes. Afinal, ajudam a identificar como você pode melhorar enquanto indivíduo e profissional.
Na realidade, esse é o caminho para a autoconsciência, mantendo uma visão de ambos. Dificilmente, isso vai acontecer sem uma rotina de feedbacks, implementada por lideranças, por exemplo.
O recomendado é investir em avaliações baseadas em dados, como testes de personalidade e pesquisas de feedback.
Não olhar somente para si
Quem não domina tão bem a inteligência emocional dificilmente saberá entender uma situação ou ocorrido a partir da perspectiva do outro. Sobretudo quando não há certo ou errado.
O primeiro passo é desenvolver uma abordagem que traga o outro para o foco também, reconhecendo valores, forças e fraquezas de cada um. No ambiente de trabalho, isso pode ser feito por meio de conversas constantes com os colaboradores, que darão um panorama sobre como motivá-los e influenciá-los.
Tornar a convivência amigável
Já parou para pensar que passamos mais tempo no trabalho do que em casa? Sendo assim, a convivência com pessoas que têm altos níveis de inteligência emocional pode ser mais recompensadora. Afinal, elas são mais cooperativas, amigáveis, pró-ativas e confiantes.
É interessante compartilhar conhecimento e recursos entre os colaboradores, para que um inspire o outro, por exemplo.
Tomar cuidado com a raiva e irritabilidade
Quem não regula seus sentimentos torna-se mais suscetível a ter acessos de raiva e irritabilidade, mesmo no trabalho. Para evitar que isso aconteça, é preciso se moderar, aprendendo a identificar situações, comportamentos e comandos que geram gatilhos, ou seja, sentimentos negativos.
Quando você os reconhece, consegue controlar melhor situações estressantes e sobressair diante de desafios.
A inteligência emocional é uma das habilidades mais requisitadas e necessárias dentro do ambiente profissional. Quando equilibrada com competências técnicas, leva o profissional à conquista de objetivos e sonhos.
Se necessário, busque a ajuda de profissionais de saúde, além das lideranças. Mas não estamos dizendo que daqui em diante você deve investir apenas em como dominar sentimentos e emoções. Lembre-se da complementaridade da inteligência emocional com as habilidades técnicas.
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