Profissionais de product design sabem que essa é uma área de alta competitividade e que demanda inovação constante. Nesse sentido, conhecer abordagens como a do Mínimo Produto Viável (MVP) é um diferencial, além de fundamental para otimizar o processo de criação e aumentar as chances de sucesso ao lançar oficialmente o produto no mercado.
Essa é uma metodologia que permite validar as ideias na criação de produtos de forma rápida e com economia de recursos. São feitos testes e a coleta de feedbacks valiosos antes mesmo de se fazer investimentos mais robustos no desenvolvimento e lançamento.
Neste artigo, você terá um guia sobre Mínimo Produto Viável, incluindo o que é MVP, sua importância para o design de produtos, as principais etapas para criar e os erros a serem evitados no processo. Boa leitura!
O que é Mínimo Produto Viável (MVP)?
Mínimo Produto Viável — ou Minimum Viable Product (MVP), em inglês — é uma abordagem utilizada na criação de produtos. Também como parte do Product Discovery para validar hipóteses e ter feedbacks sobre uma ideia de produto em potencial. Tudo isso, envolvendo o mínimo possível de recursos e gastos.
Assim, o MVP é uma primeira versão desse produto. Ela é criada com o objetivo de testar o desempenho das funcionalidades básicas e coletar feedbacks quanto à proposta de valor no mercado.
A origem do conceito de Mínimo Produto Viável (MVP) remonta ao ano de 2001, tendo sido criado por Frank Robinson, CEO da SyncDev. No entanto, o termo ganhou popularidade com o livro Lean Startup, ou “A Startup Enxuta”, na versão em português, escrito por Eric Ries em 2011.
Qual é a importância do MVP no processo de desenvolvimento do produto?
O Mínimo Produto Viável é uma estratégia importante por permitir que profissionais de produto façam testagens rápidas no mercado. Além de coletarem feedbacks valiosos antes de lançar um produto oficialmente.
O MVP gera insights a partir de uma versão inicial do produto com suas funcionalidades essenciais. Assim permite saber se ele realmente atende às necessidades do usuário final.
Dessa forma, a empresa tem um retorno sobre a viabilidade da ideia sem ter que fazer investimentos robustos. Isso economiza tempo e dinheiro, além de minimizar as chances de erros.
Com os feedbacks gerados pelos testes, product designers e UX designers ainda podem realizar ajustes e aprimorar as funcionalidades. Assim, asseguram que a versão oficial do produto se aproxime ao máximo do que os usuários desejam de verdade.
Quais são as vantagens de um MVP?
O Mínimo Produto Viável proporciona algumas vantagens na criação de produtos, como:
- rápida validação: o MVP possibilita que você teste sua ideia no mercado de produto e com seu público-alvo, validando-a antes mesmo de fazer investimentos maiores;
- feedback imediato: é possível coletar feedbacks de usuários potenciais em tempo real, o que auxiliará no desenvolvimento do produto final com o mínimo de erros;
- redução de custos: o MVP é lançado apenas com as funcionalidades principais do produto, com um custo inicial baixo, direcionando recursos ao que realmente importa para os testes;
- agilidade no lançamento: com o MVP você coloca uma versão funcional no mercado mais rapidamente, o que pode resultar em vantagem competitiva;
- iteração contínua: com o feedback da experiência dos usuários, a implementação de melhorias em tempo real é facilitada;
- minimização de riscos: a versão funcional do produto envolve menos gastos e, consequentemente, menos riscos, além de permitir modificações estratégicas na versão final para evitar falhas;
- atração de investimentos: com um MVP validado, convencer possíveis investidores e stakeholders da relevância do projeto fica muito mais fácil, uma vez que eles podem testar todas as funcionalidades em primeira mão e validá-las.
Quais são as principais etapas para criar um MVP?
Fazer um MVP envolve alguns pontos indispensáveis para garantir que ele tenha os resultados esperados e colabore de forma efetiva para a criação de um produto relevante para o mercado. As principais etapas para criar um MVP são:
- ter uma ideia inovadora;
- determinar as hipóteses e a proposta de valor;
- definir as principais funcionalidades;
- usar métricas e indicadores de desempenho;
- coletar feedbacks;
- fazer melhorias até a versão final.
Confira os detalhes de cada uma.
1. Ter uma ideia inovadora
Em primeiro lugar, é preciso ter uma ideia inovadora, partindo do problema que requer resolução. Assim, pesquisas de mercado e entrevistas com possíveis usuários podem ajudar a mapear as lacunas que o seu produto deverá preencher.
Nesse momento, analise profundamente a concorrência e encontre brechas com as quais trabalhar para desenvolver um MVP que se valha da criatividade e inovação. Também, que mantenha o foco nas reais necessidades do público-alvo.
2. Determinar as hipóteses e a proposta de valor
O MVP deve surgir de uma hipótese a ser confirmada ou não. Nesse sentido, o time de produto deve se reunir para determinar de forma clara qual valor deverá ser entregue pelo produto ao seu usuário.
Algumas perguntas podem direcionar esse momento, como:
- que problema o produto pretende resolver?
- quais são seus benefícios para o usuário?
- por que ele compraria um produto como esse?
3. Definir as principais funcionalidades
Depois de validar as hipóteses e ter um produto e um público em mente, chegou o momento de definir as funcionalidades do MVP.
A regra aqui é ser o mais direto e objetivo possível, evitando excessos. O MVP deve reunir apenas as funcionalidades indispensáveis para validação pelo usuário, tendo em vista as necessidades do mercado e os objetivos comerciais.
4. Usar métricas e indicadores de desempenho
O principal objetivo do MVP é fornecer insights e informações palpáveis quanto ao desempenho do produto, confirmando ou não as primeiras hipóteses.
Sendo assim, é necessário se valer de indicadores e métricas (KPIs) claros para medir, por exemplo, a satisfação do cliente, as ativações de recursos, número de usuários ativos, entre outros pontos relevantes.
5. Coletar feedbacks
Quando o MVP estiver pronto, já é possível iniciar o ciclo de feedbacks para ter o máximo de informações sobre seu desempenho. Essa etapa é indispensável para criar um produto final realmente alinhado aos interesses e necessidades do usuário e do mercado.
Nesse momento, é importante que o lançamento se destine a um grupo de usuários seletos e qualificados, evitando grupos muito grandes.
6. Fazer melhorias até a versão final
A etapa anterior deve ser repetida, passando por melhorias contínuas até que, finalmente, se tenha a versão final do produto. A ideia é que ele possa atender às necessidades do usuário por completo.
Vale mencionar que, até chegar à versão final, o produto pode sofrer um processo de pivotagem. Nesse caso, quando há uma mudança brusca na direção do MVP e suas funcionalidades, conforme os feedbacks vão chegando.
Quais são os erros comuns ao criar um MVP e como evitá-los?
Embora seja uma abordagem muito útil para testar a viabilidade e a relevância no design de produtos, a criação de um MVP pode acarretar erros. Confira os principais:
- gastar muito tempo na elaboração: a ideia do MVP é justamente testar as hipóteses de forma rápida e com o mínimo de recursos, e a demora pode fazer com que você perca o time-to-market;
- inserir funções em excesso: é preciso manter o foco nas funções que são realmente indispensáveis ao MVP, cuidando para não acrescentar outras que podem desviar o teste do que de fato é mais importante;
- fazer testes com um público muito amplo: de nada adianta oferecer o MVP para múltiplos usuários, se eles não forem a persona efetiva do seu negócio;
- estender demais os ciclos de testagem: outro ponto é que os testes devem ter um prazo máximo de encerramento. Do contrário, você pode entrar em um looping e perder o prazo de lançamento;
- desconsiderar os feedbacks: isso coloca toda a abordagem a perder, afinal, uma das maiores contribuições do MVP é justamente ter o retorno dos usuários para fazer as melhorias necessárias.
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O Mínimo Produto Viável integra o processo de Product Discovery como uma abordagem muito útil para testar a viabilidade de ideias, sem gastar tanto dinheiro e outros recursos para isso. Ele funciona como um termômetro que aponta o desempenho que o produto pode ter no mercado, conferindo mais segurança e precisão para o processo de criação.
No entanto, como você pôde notar, é preciso utilizar o MVP de forma estratégica, com atenção especial para o tempo de elaboração, o ciclo de testes, a coleta de feedbacks e as iterações, a fim de não perder o timing de lançamento.
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