Vamos abrir com esta afirmação: “O que move a gente são os momentos de desconforto, inconformidade e caos. Se você tem dúvidas, mas tem vontade e positividade, você aprende rápido e acaba se tornando referência no que faz em pouco tempo.”
É impossível não sermos orgulhosos de quem estuda com a PM3. São profissionais com perfil tão diversos e com histórias tão interessantes, que fizemos questão de iniciar esta sessão contando um pouco sobre quem eles são, como chegaram em product management e como estão agora fazendo acontecer no mercado.
Para dar o pontapé inicial nesta série de entrevistas com os nossos alumni, convidamos o Leonardo Oliveira, que tem um background em UX Design e hoje atua como Product Manager na Nexa Digital.
Aprender com as experiências das outras pessoas é uma das formas de se inspirar e buscar alternativas para uma transição de carreira, como é o caso de muitos product managers, visto que não se nasce um e sim, da mesma forma como aconteceu com o Leo e muitos outros, as suas experiências no passado acabam por te moldar quem você é hoje ou será amanhã. Vamos a isso!
Breve histórico
Eu sou o Léo, tenho 31 anos e sou formado em desenvolvimento de sistemas web. Como um bom paulista, desde bem novinho eu sou apaixonado por tecnologia.
Comecei a desenvolver ainda no “falecido” Front Page (entendedores entenderão rs). Logo no início dos anos 2000 percebia que isso era o que eu gostava de fazer, um ofício mesmo.
Dalí pra frente me aperfeiçoei em UI, fiz muitos freelas, então também evoluí na parte de comunicação e relacionamento em geral, e com 17 anos comecei a trabalhar como estagiário em front-end na F5, uma agência web com alguns clientes grandes, como Nextel e Nestlé.
Lá fazia de tudo um pouco. Desde banners para campanhas em portais grandes, do tipo UOL e Terra, projetos globais para Nestlé e até participei do desenvolvimento do primeiro portal da Nextel (a Nextel tinha a cor vinho na época!).
Tive uma proximidade muito grande e cresci dentro da F5 tocando o portal da Nextel, durante meus 9 anos por lá, o que me fez querer fazer parte do negócio e da estratégia de uma grande companhia. E foi aí que fui parar na Nextel, iniciando como UX Designer (coisa que não tinha muita noção na época), passando pela transformação digital deles de ponta a ponta. Isso foi um dos maiores desafios da minha carreira e me fez amadurecer exponencialmente.
Por lá, participei principalmente dos projetos dos apps Meu Nextel e Nextel Happy, e chegamos a ter os apps de telecom mais bem avaliados do mundo! Após 2 anos por lá muita coisa mudou, o que me fez refletir sobre a minha carreira e sobre futuro. Admirava muito o papel que os P.Os tinham na companhia, o que me fez avaliar a posição e chegar a conclusão que – da tríade de produto, eu já tinha Tech e UX, só me faltava a parte de negócio.
Foi aí que surgiu uma oportunidade, junto aos ex-diretores da área de digital da Nextel, de trabalhar na Nexa, uma empresa da saúde, como PO de produtos digitais. O propósito da saúde é incrível, e quando uniu com produtos digitais, a decisão foi relativamente fácil de ser tomada. Estou na Nexa há 2 anos, criando soluções para pacientes e profissionais de saúde, e incrivelmente feliz com a carreira em produto.
Por que você quis se tornar um PM?
Pois é, essa é uma questão quase que antropológica pra mim. Recentemente passei por um processo pessoal de autoconhecimento e autoconsciência, e uma das coisas que mais me chamaram atenção é que desde bem novo eu já “tocava” produto.
Com uns 13 anos eu tive um site chamado Planet Gifs, que na época era um hype gigante (todo e-mail tinha um GIF rs). Cheguei a ganhar alguns prêmios com ele, e foi ali que percebi a grande paixão por produtos digitais. Eu sempre tive muita sorte na minha carreira (sorte = oportunidade + estar preparado), e a minha própria carreira foi se desenhando sozinha para eu ser a pessoa de produto que sou hoje.
Antes de entrar na área de produtos, você chegou a se questionar se tinha o background certo?
Sem dúvidas. Sempre topei fazer algo que eu não tinha conhecimento abrangente, mas tinha muita vontade e interesse de me desenvolver. Na F5, entrei pra fazer um projeto em tableless, e eu só desenvolvia com tabelas na época. Na Nextel, me chamaram pra tocar UX e eu manjava só de UI. Na Nexa, me chamaram pra tocar a operação do primeiro produto da empresa, e eu nunca tinha feito isso na vida.
Eu acho que o que move a gente são os momentos de desconforto, inconformidade e caos. Se você tem dúvidas, mas tem vontade e positividade, você aprende rápido e acaba se tornando referência no que faz em pouco tempo.
Logo nos primeiros dias, já na área de produtos, quais foram seus principais desafios e como deu a volta por cima?
Recentemente, trouxe uma cachorrinha filhote pra casa (coisa mais linda, Helena rs).
Ela veio de São Roque para capital de SP (de um sítio lindo com campo aberto para um apartamento de 60m2). Os primeiros dias dela são extremamente análogos ao meu inicio de carreira em produto. Você quer aprender tudo muito rápido!
Como saber tudo sobre o setor no qual me inseri? Como fazer parte de um time phod$#*? Qual a capacitação necessária para eu fazer o que me propus e muito bem? Preciso entregar valor logo, como fazer isso? Tudo no menor tempo possível.
O que me ajudou muito foi ter organização, comunicação e confiar em quem estava ao meu lado. O resto você consegue correr atrás.
Por que escolheu a PM3 e o que mudou depois do curso?
Quando escolhi o PM3, estava em um momento bastante caótico na Nexa. É uma empresa super nova, hoje ela tem pouco mais de 2 anos de vida, e eu entrei bem no comecinho.
Empresa no começo é difícil. Ainda estão se criando processos, trazendo gente, definindo cultura e tudo mais que quem passou por isso sabe. Me senti no dever de ajudar com mais ênfase na evolução da empresa e na minha própria evolução também, claro.
“Pesquisei diversos cursos, entre eles o da TERA e PM3. O da PM3 me ganhou pelo conteúdo dos módulos e pelas pessoas que dariam o curso, simples assim. Muitos módulos tinham a ver com o meu momento na Nexa, e foram essenciais para minha evolução e a da empresa também, sem dúvidas.”
Não o digo que mudou depois do curso, mas sim, durante o curso. É impressionante a vontade de aplicar o que se aprende que esse curso me deu. Recomendo demais!
Algum conselho para quem aspira entrar na área e se tornar um PM?
Dar conselho é uma delícia, né? Mas o conselho é geralmente uma percepção muito pessoal sobre o que houve com você e não necessariamente vai ocorrer com outras pessoas.
Acho que um conselho bem genérico, porém, que me parece fazer bastante sentido é de que para trabalhar com gestão de produtos você precisa ter o mínimo de convicção de que você gostaria de fazer o que um PM se propõe a fazer.
A jornada é dolorosa, o caminho é tortuoso e o corpo sente. Se você não tiver o mínimo de convicção de que você seria feliz fazendo isso, nem comece.
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