Retomando nossa série de publicações que contam as histórias de nossos alunos e alunas, convidamos Felipe Poppe C. Porto para compartilhar conosco um pouco de como foi sua transição de Engenharia para Produto. No momento, Felipe atua como Product Manager e Growth Specialist na Growth Machine.
Aprender com as experiências das outras pessoas é uma das formas de se inspirar e buscar alternativas para uma transição de carreira. Como é o caso de muitos profissionais de produtos digitais, as suas experiências no passado acabam por moldar quem você é hoje ou será amanhã. Acompanhe!
Breve histórico sobre você
Apesar de formado em Engenharia de Produção, nunca me senti aquela pessoa 100% engenheira/lógica (cheguei a cogitar cursar música na faculdade). Por isso, busquei de início algumas oportunidades como a de empresa júnior, que me ensinou e me apresentou uma realidade onde eu poderia ser criativo/lúdico mas também processual e lógico. Após 3 anos trabalhando em consultoria, conheci a área de Produto e me apaixonei justamente por ser uma interseção no ponto onde sempre senti necessidade de estar: trabalhar utilizando a racionalidade e a criatividade.
Como foi seu processo seletivo para Produto? Alguma dica para quem está começando?
Logo antes de me formar, comecei a desenvolver um interesse muito grande por tecnologia e programação. Fiz um curso de +60 horas com projetos práticos de desenvolvimento em Python, que eu achei que poderia me ajudar com a primeira oportunidade em tech.
No entanto, a empresa onde atualmente trabalho (uma aceleradora de empresas) resolveu criar uma célula de tecnologia e produto, para pivotar o core business. Por minha experiência em consultoria de gestão e o meu conhecimento em tech, recebi a oportunidade em Produto. É importante ressaltar que eu não sabia absolutamente nada sobre a área até essa oportunidade!
Qual você acha um mindset ideal para trabalhar na área de Produto?
Acredito que o maior mindset para alguém de Produto é ser adaptável. Fala-se muito de ser ágil e eu acredito que isso é importante no sentido de ser flexível às mudanças que a prática vai te submeter. É importante entender que os frameworks, as técnicas de priorização e etc. funcionam como cartelas que serão utilizadas em contextos específicos (às vezes até precisando adaptar a metodologia).
Contexto é tudo, desde os stakeholders envolvidos, o mercado inserido, a cultura da empresa e o modelo de negócios. Quanto mais adaptável e mais inteirado quanto ao seu contexto, melhor vai ser o seu mindset.
Como a PM3 ajudou na sua trajetória profissional?
Eu comprei o curso da PM3 logo na primeira semana que recebi a oportunidade em Produto. Ressalto novamente que eu era completamente oblívio quanto às principais funções de um PM e uma área de Produto. Então o curso foi uma excelente “rede de segurança” para que eu pudesse estar aprendendo com pessoas renomadas no mercado. A prática e a teoria, então, andaram lado a lado e isso foi possibilitando que eu pudesse antecipar erros que outros PMs já haviam cometido e utilizar frameworks que auxiliaram muito no desenvolvimento da nossa plataforma.
Tem alguma história ou case que gostaria de compartilhar?
Acho que um case que gosto de contar é um que, para muitos, pode soar como um fracasso. No mais longo processo de Discovery que tocamos, de aproximadamente 3 meses e meio, tínhamos uma hipótese muito forte de uma dor específica da nossa persona, que a diretoria entendia como uma grande oportunidade.
No entanto, depois de muitas entrevistas, algumas pesquisas quantitativas de mercado e um estudo macro sobre o segmento em que estávamos trabalhando, conseguimos concluir que, na verdade, aquela dor não era latente como entendíamos (muito pelo contrário, muitos nem entendiam como uma dor).
Dessa forma, resolvemos despriorizar o produto que estávamos planejando e refizemos toda nossa estratégia. Imagine se tivéssemos seguido essa hipótese e gastado meses de recursos e desenvolvimento para uma solução que não resolveria uma grande dor?
Alguns livros e conteúdos que indica
Eu sempre acho que, mais que teoria de metodologia, os cases e a prática vivida por outros PMs são o que mais me ensina. Dessa forma, recomendo duas coisas: podcasts e cases de processos seletivos de PM de grandes empresas. Esse segundo, mais do que o passo a passo dos cases, é muito interessante. Aconselho ir pegando como PMs de empresas como Meta, Microsoft, Apple e etc. pensam, entendendo funciona o seu racional em Produto.
Saiba como ir bem nas entrevistas em Produto!
Em parceria com o podcast Papo de Produto, desenvolvemos o e-book “20 perguntas e respostas em entrevistas para Product Managers”, onde você vai aprimorar a sua expertise e conseguir se preparar melhor para a sua próxima entrevista para cargos na área de Produto, além de ter uma ideia do que grandes líderes esperam dos seus entrevistados e entrevistadas. Material perfeito para quem está buscando mudar de empregou ou migrar para a área de Produto!
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